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Lei que proíbe plásticos em SP divide opiniões: Cortina de Fumaça

Plásticos

Na sexta (13), foi sancionada uma lei em São Paulo pelo prefeito Bruno Covas para proibir o fornecimento de copos, pratos, talheres de plástico em estabelecimentos de restaurantes e bares, e especialistas dividem-se suas opiniões sobre o caso.

Para as pessoas associadas a programas contra o uso do plástico, a lei é um enorme avanço, que trará a consciência e cultura das pessoas alteradas com a iniciativa, e que isto servirá de exemplo para outros países.

Entretanto, tanto para associações relacionadas a indústria do plástico ou a indústria de bares e restaurantes, a lei não altera em absolutamente nada, e só pode prejudicar uma área que não tem ainda alternativas para plásticos biodegradáveis acessíveis.

Para o professor titular do Instituto Oceanógrafo da USP, membro da Rede de Especialista em Conservação da Natureza, Alexander Turra, a lei é "uma cortina de fumaça" com fundo mais eleitoreiro do que efetivo. "O fato de sacolas chegarem ao mar, no Brasil, está muito mais associado às ocupações irregulares do que com relação ao uso de sacolas".

Para a Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast), a indústria produziu 6,2 milhões de toneladas de produtos plásticos em 2019, sendo que 65% foi utilizado em construção civil, máquinas e equipamentos eletrônicos, agricultura e têxtil, e apenas 0,03% da produção refere-se a canudos e 1,7% a descartáveis.

A Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) informou que precisa ser melhor estudada, considerando que hoje não há oferta suficiente de materias alternativos biodegradáveis; nem a custos aceitáveis; e que hoje menos de um décimo do lixo produzido vem do setor.

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Fonte: Metro Jornal

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