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Memorial da América Latina lança livro sobre tradução humanitária para refugiados

Memorial da América Latina

O Memorial da América Latina lança a publicação Tradução Humanitária e Mediação Cultural para Migrantes e Refugiados, no dia 18 de junho, às 11h, como parte da coletiva de imprensa de lançamento do relatório Tendências Globais – Deslocamento Forçado em 2020, elaborado pela Alto Comissariado da ONU para Refugiados (ACNUR).

A publicação digital, editada pelo Memorial, é resultado do curso de mesmo nome oferecido pela Cátedra Unesco Memorial da América Latina em janeiro de 2021. A Cátedra é uma rede de cooperação formada pela Universidade de São Paulo (USP), Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) e Universidade Estadual Paulista (UNESP), e tem como objetivo fomentar a pesquisa, o ensino e a extensão em assuntos latino-americanos relacionados à integração.

O livro, composto por oito capítulos, aborda questões que envolvem os usos das línguas nas situações de deslocamento forçado. São textos de pesquisadores e profissionais que trabalham com o tema, apresentando ao leitor uma visão geral dos problemas do deslocamento forçado. Alguns autores falam dos projetos na área e  sugerem propostas para o estabelecimento de políticas linguísticas.

O primeiro capítulo, de Maria Beatriz Bonna Nogueira e William Torres Laureano da Rosa, representantes do ACNUR, aborda o tema “Mediação cultural, tradução humanitária e proteção baseada na comunidade: a atuação recente do ACNUR no Brasil ”.

Antonio Rodrigues de Freitas Júnior, professor da Faculdade de Direito do Largo São Francisco (USP), discorre sobre  “Desafios para a efetividade da proteção legal para migrantes e refugiados”, tema do segundo capítulo. O marco legal brasileiro para refugiados em tempos de pandemia e a questão dos direitos linguísticos ficou por conta do André de Carvalho Ramos, também  professor da USP. Jaqueline Neves Nordin, com larga experiência na formação de intérpretes humanitários e mediadores culturais, compara o caso brasileiro com a experiência sueca, onde reside. Aryadne Bittencourt, doutoranda da UFRJ e ex-bolsista da Cátedra Memorial, escreve sobre “Atenção humanitária a pessoas deslocadas: o papel da mediação cultural”.

Thaisy Bentes e Paulo Jeferson Pilar Araújo, responsáveis pelo lançamento do programa MiSordo, falam sobre “A invisibilidade de migrantes surdos e o papel do intérprete humanitário”, no capítulo seis.

O capítulo sete traz o depoimento de Mireille Muluila, congolesa que foi obrigada a deixar o seu país e hoje ajuda a acolher refugiados no Rio de Janeiro. Encerrando o livro, Sabine Gorovitz, da Universidade de Brasília (UnB), aborda o tema “A mediação linguística como garantia de direitos no Brasil” fecha a publicação.

O lançamento do livro é uma ação da Cátedra Memorial que integra as atividades realizadas pelo Memorial da América Latina em parceria com o ACNUR.  Por meio de um acordo de cooperação firmado entre as instituições em janeiro de 2021, com o objetivo de realizar ações de visibilidade sobre o tema dos refugiados e da apatridia a partir de uma perspectiva cultural e educativa, o lançamento do livro e a coletiva de divulgação do relatório farão parte do calendário do ACNUR Brasil para marcar o Dia Mundial do Refugiado no país.  

A programação conta, ainda, com uma oficina de cobertura jornalística sobre refugiados, no dia 15 de junho e  com a exposição Quem conta essa história: jornalistas refugiados ou refugiados jornalistas?, em parceria com a Folha de S. Paulo, em exibição de 10 de junho a 31 de agosto. Confira a programação completa e horário de funcionamento da exposição no site  www.memorial.org.br, que será definido de acordo com o Plano São Paulo de enfrentamento da Covid-19.

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