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Após desabamento, prefeito faz reunião com moradores de Paraisópolis

Um dia após o desabamento de um sobrado na comunidade de Paraisópolis, que provocou a morte de uma pessoa e deixou outras quatro feridas, o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, esteve hoje (17) no local para uma reunião com moradores e lideranças da comunidade.

Nunes já havia passado no local na noite de ontem, logo após a ocorrência do desabamento.

Durante a reunião, os moradores pediram obras de urbanização em Paraisópolis, entre elas, uma antecipação da canalização do córrego Antonico, uma área de risco onde ficava o sobrado que desmoronou no final da tarde de ontem (16).

Um projeto de reurbanização de Paraisópolis teve início em abril do ano passado, mas o trecho que previa a canalização do córrego deveria ser feito em uma outra etapa, que ainda não tinha data para ser iniciada. As famílias também pediram por uma política habitacional para os moradores da comunidade.

Em entrevista hoje após a reunião, o prefeito disse afirmou que as obras do córrego serão antecipadas. Para isso, será preciso convencer os moradores que moram na região do córrego a deixarem suas casas.

"Precisamos que as famílias saiam do local, para que a gente faça a demolição dos imóveis e que a gente possa fazer a reurbanização. Já está licitado. O dinheiro já está garantido. São mais de R$ 100 milhões, para 1,5 km de extensão. Como é preciso fazer uma obra importante em local que está ocupado, tem essa questão de que as pessoas precisam sair do local para fazer a obra", disse o prefeito.

Para tentar convencer as famílias a deixarem seus imóveis para o início das obras, Nunes diz que a prefeitura irá fornecer um auxílio aluguel de R$ 400 por mês, valor considerado baixo pelas famílias, insuficiente para alugar uma casa em São Paulo.

"É um valor estabelecido em lei. Não tenho como fazer alteração. Posso buscar outras formas ou alterar a legislação", explicou o prefeito. "Quem está em cima do córrego, o risco é muito grande, como aconteceu ontem com esse desabamento, quando houve morte", acrescentou Nunes, informando que 1,5 mil famílias estão na área de risco sobre o córrego Antonico.

Enquanto isso, a prefeitura deve fornecer auxílio para os moradores das casas que foram atingidas pelo desabamento ontem. "As oito famílias que tiveram suas casas atingidas [no desabamento] não entram no critério do aluguel social, porque estão desabrigadas. Elas serão atendidas de forma especial pela Secretaria de Assistência Social nem que seja para a colocação em hotel. Isso é imediato, e já está sendo feito", disse Nunes.

*Matéria foi alterada às 18h21 para correção de informação. As obras de reurbanização em Paraisópolis começaram em abril de 2020. 

Fonte: Agência Brasil

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